Vila de Óbidos
A Vila de Óbidos é sede de um concelho, com uma área de cerca de 144km2, distribuídos por sete freguesias.
Acredita-se que a primitiva ocupação humana da região remonte à pré-história. Pela sua proximidade da costa atlântica, esta região despertou o interesse de povos invasores da península Ibérica, tendo sido sucessivamente ocupado por Lusitanos (século IV a.C.), Romanos (século I), Visigodos (séculos V a VI) e Muçulmanos (século VIII).
O atual castelo de Óbidos representa a fase final duma série construtiva que é possível acompanhar, por vezes mesmo documentalmente. Nas muralhas reconhecem-se, como na Torre do Facho, sinais de fabrico romano e, noutros pontos, vestígios de construção mourisca.
Em 1148 D. Afonso Henriques desalojou as hostes agarenas que aguerridamente defenderam o castelo. É dessa época, 1153, o mais antigo documento referente à fortaleza. Do reinado seguinte, o de D. Sancho I, existe uma inscrição documental que alude a obras então realizadas na Torre do Facho.
Para comemorar a tomada de Óbidos, diz a tradição que, D. Afonso Henriques erigiu em S. Pedro o Cruzeiro da Memória. O monumento atual é inquestionavelmente manuelino, talvez levantado no lugar do primitivo.
O Rei D. Manuel II, a 20 de agosto de 1513, concede floral novo a Óbidos e, testemunhando o facto, ergue-se na Praça de Santa Maria o interessante Pelourinho, constituído por uma coluna coroada por um facho sobrepujado de cruz de ferro. Quase no topo, adossados ao fuste, de cada lado, vêem-se o escudo real e o camaroeiro.
O recinto amuralhado, recortado de antigas ruas e vielas, com o seu castelo e monumentos, forma um conjunto invulgar com traços de um sabor genuinamente medieval que as suas portas e postigos mais realçam.
Dão acesso à Vila, abertos na cintura das muralhas, quatro portas e dois postigos:
A Sul – Porta da Vila
A Poente – Porta da Talhada ou da Rainha
Porta da Cerca
Postigo de Cima ou do Jogo da Bola
A Nascente – Porta do Vale ou da Senhora da Graça
Postigo do Poço, do Arrabalde ou de Baixo
Sobre as Portas da Vila e do Vale e sobre o Postigo do Poço, a comemorar a restauração de 1640, a inscrição:
“A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original”
No que respeita às manifestações religiosas da vila são de referir a Romaria de São Antão (17 de janeiro), a Festa de Nossa Senhora da Graça (1 de fevereiro),a Procissão da Ordem Terceira/ Procissão da Rapaziada (1º domingo da Quaresma), a Semana Santa e a Procissão de Nossa Senhora da Piedade.
Existem também duas feiras anuais na vila. São elas, a Feira de Santa Cruz, realizada no adro do Santuário do Senhor Jesus da Pedra a 3 de maio e a Feira de Santa Iría, que tem lugar entre a vila e a Capela de Santa Iría no dia 20 de outubro.
Ainda no campo das tradições populares da vila damos nota da tradição de “Espalhar os Maios” na noite de 30 de abril para 1 de maio.
Óbidos é também palco de inúmeros e grandes eventos, nomeadamente, Festival Internacional do Chocolate, Semana Santa, “LATITUDES – Literatura e Viajantes”, Mercado Medieval de Óbidos, Semana Internacional do Piano de Óbidos, “FOLIO – Festival Internacional de Literatura” e Óbidos Vila Natal.
Capela de Santa Ana – Pinhal
De arquitetura barroca, rococó, neoclássica, esta capela é composta por nave única, capela-mor mais estreita e baixa, com coberturas a duas águas e sacristia com cobertura a uma água continuando a da capela-mor.
Na tribuna do altar, encontra-se a imagem de Santa Ana, padroeira da localidade do Pinhal e, nas paredes da nave e capela-mor, encontram-se silhares de azulejos historiados sobre a sua vida. Ladeando o arco da capela-mor estão duas edículas destinadas às imagens de Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora da Conceição (ambas da segunda metade do século XX).
A Festa em Honra de Sant’Ana que decorre todos os anos em setembro, inclui procissão, prova de água-pé das adegas da população do Pinhal e a famosa “batatada com bacalhau”.
Moinhos de Vento – Sobral da Lagoa
Edificados para a moagem da farinha do pão, os moinhos de vento marcam a paisagem de Óbidos e de toda a Região do Oeste, recordando tempos em que a sua existência era o ganha-pão de centenas de famílias. No sobral da Lagoa erguem-se 4 curiosos moinhos, alguns ainda em funcionamento.
Fábrica da Ginja de Óbidos Oppidum – Sobral da Lagoa
Fábrica que produz desde 1986 licor de ginja de Óbidos Oppidum de forma artesanal e 100% natural, licor de ginja com chocolate e bombons com licor de ginja. Dário Pimpão, principal responsável da fábrica, criou o conceito de beber a ginja em copos de chocolate e progrediu no conceito da junção da ginja com o chocolate, criando e patenteando um licor de ginja com chocolate.
A apanha manual, a escolha criteriosa dos frutos, o conhecimento dos produtores que fornecem esta fábrica, tornam a ginja aqui produzida, como um ponto de interesse único na freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa.
Relógio de Sol – Sobral da Lagoa
Um dos pontos de paragem obrigatória do seu roteiro pelo Sobral da Lagoa. Este relógio de Sol (equatorial) vertical assenta na coluna de fuste octogonal adossada ao muro que delimita a Quinta de Rolim e data de 1856, ainda que a sua construção seja anterior (1826).
Igreja Paroquial de São Sebastião – Sobral da Lagoa
Também conhecida como Igreja Paroquial de Sobral da Lagoa, esta igreja possui uma arquitetura religiosa oitocentista, com uma planta longitudinal composta por nave única com cobertura em caixotões, capela coberta por abóbada de berço, sacristia e torre sineira. No interior, apresenta no teto da nave, 3 setas cruzadas sobrepujadas por flor-de-lis e ladeadas por folhas de palma, inscritas em cartela com coroa real fechada.
Construída em honra do padroeiro do Sobral da Lagoa, São Sebastião, esta igreja é um dos pontos por onde passa a cerimónia religiosa das Festas em Honra de S. Sebastião.
Capela da Nossa Senhora da Conceição – Sobral da Lagoa
De arquitetura religiosa setecentista, esta capela foi construída em 1617 e reconstruída em 1888.
Apresenta uma nave única e capela-mor pavimentadas a ladrilho e cobertura em 3 planos e abobadada. Destaque para um púlpito de base quadrangular sustentado por uma mísula.
A Festa em Honra de Nossa Senhora da Conceição realiza-se todos os anos a 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição e é celebrada missa de louvor a Nossa Senhora, seguida de uma modesta procissão pelas principais ruas da aldeia.
Largo de Santo António – A-da-Gorda
Localizado no lugar de A-da-Gorda, o largo de Santo António possuía, durante o século XIX uma taberna e hospedaria da Vicência, a Gorda, onde paravam os correios vindos de Peniche e Caldas. Atualmente possui um coreto, o “jogo da bola”, um poço fechado e ainda a igreja de Santo António.
O largo encontra-se em vias de classificação de Interesse Municipal e todos os anos é palco das festas populares em honra de Santo António. Tradicionalmente organizada pelos solteiros da aldeia, depois da missa e da procissão, a festa de caráter pagã, anima o largo com o tradicional arraial onde não falta o saltar da fogueira e a queima da boneca de trapos, sob o olhar benevolente do Santo António velho que, no exterior da igreja, acompanha as festividades.
Igreja de Santo António – A-da-Gorda
Construída nos séculos XV e XVI, esta igreja foi edificada em substituição de uma pequena ermida que aí existiu. Da antiga ermida ainda hoje se conserva como relíquia uma imagem antiquíssima, em pedra, do seu patrono.
Possui uma planta longitudinal de uma só nave. A nível da estatuária, destaca-se a imagem de São Brás, de finais do século XV e as de Santo António: uma em pedra, dos finais do século XV (designada pela população de Santo António velho) e outra de madeira policromada, dos finais do século XVII.
Nesta igreja sobressaem os três painéis pintados por Josefa de Óbidos e que ornamentam o arco da capela-mor: São Francisco de Assis (à esquerda), a Virgem e o Menino (ao centro) e Santo António. A Baltazar Gomes Figueira, pai de Josefa e grande pintor nacional é devida a tela, datada de 1643.
Capela de Santa Iria – Óbidos
Capela alpendrada constituída por uma nave única e uma capela-mor com cúpula, junto ao velho aqueduto, mandado construir por D. Catarina em 1573 tendo sido ampliado por Filipe III e parcialmente destruído pelo terramoto de 1755.
No interior, destaque para o arco triunfal pleno abrindo sobre a capela-mor.
Nela existe uma pequena imagem do orago, escultura em pedra, quatrocentista.
Quando a Rainha D. Catarina, esposa do rei D. João III ordenou a construção do Aqueduto, os operários que nela trabalhavam prometeram erguer um pequeno templo em honra do santo em cujo dia concluíssem os trabalhos.
Como o acabamento de tão grande obra se verificou no dia 20 de outubro, logo os operários decidiram que a capelinha fosse consagrada a Santa Iria, Virgem e Mártir de nacionalidade portuguesa.
Alguns anos mais tarde criou-se a grande feira que ainda hoje se realiza.
Capela São Bento – Capeleira
Foi construída entre os Séculos XV e XVI, conforme nos indica o livro “Memórias Históricas de Óbidos…”, do século XIX que diz “…de antiguidade mui remota, como se vê da sua construção (…) Nada tem de notável mais que a sua antiguidade, que, sem medo de errar, se pode levar a mais de quatrocentos anos.” No século XVIII a quinta foi adquirida por um rico proprietário proveniente do Alentejo, passando a tomar a designação de Quinta do Alentejo
Até 1834, realizava-se a festividade da Oitava da Páscoa.
Santuário do Senhor Jesus da Pedra – Óbidos
Registam-se diversas lendas na região que pretendem justificar a origem do Santuário. Possuem em comum a ação milagrosa de uma antiga cruz de pedra com a imagem esculpida de Cristo crucificado, hoje exposta no altar-mor da igreja.
O interior é composto por três capelas, a capela-mor do Calvário e as capelas laterais de Nossa Senhora da Conceição e da Morte de São José. Na principal podemos apreciar uma tela de André Gonçalves e nas laterais as telas de José da Costa Negreiros. Este templo nunca foi terminado, faltando as varandas entre as janelas das quais existem apenas as bases. Faltam também os carrilhões nas torres, que seriam semelhantes aos do Convento de Mafra.
No exterior da igreja pode ser observada uma fonte de espaldar em estilo rococó.
Parque Tecnológico de Óbidos – Casal da Toiça
O Óbidos Parque – Parque Tecnológico de Óbidos nasceu em 2008 como parte de uma estratégia local de desenvolvimento da economia criativa.
Com uma área total de construção superior a 4 mil metros quadrados, o Óbidos Parque tem todas as condições necessárias para o estabelecimento de empresas. Das redes dedicadas de fibra ótica, à proximidade a uma rede viária de exceção que permite o acesso direto a Lisboa e Porto, mas também ao interior do país e a Espanha, está garantida a conetividade tecnológica e de mercados.
O parque não é uma área de localização empresarial tradicional. É um espaço que privilegia a qualidade da arquitetura dos edifícios e os espaços verdes. Procura projetos com capacidade para mudar o território e que ajudem a criar uma centralidade inovadora para as empresas.
Possui um interessante espaço de restauração e bar aberto ao público.
https://obidosparque.com/
Moinho – Bairro da Senhora da Luz
Ainda que sejam muitos os moinhos existentes na freguesia de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa, o “moinho de Brilos” tem uma história particular e por isso é ponto de paragem obrigatória.
Segundo os historiadores João Pedro Tormenta e Pedro Fiéis, o moinho ainda hoje existente na proximidade da capela de Nossa Senhora da Luz, foi o palco dos primeiros confrontos da Guerra Peninsular, a 15 de agosto de 1808, dois dias antes da batalha da Roliça que opuseram o exército luso-britânico ao francês.
Igreja de Nossa Senhora da Luz – Bairro da Senhora da Luz
Esta igreja terá sido construída nos inícios do século XVIII em honra da Nossa Senhora da Luz, para responder às necessidades religiosas de uma população em crescimento.
Em 1733, através das Visitações de São João Baptista do Mocharro, sabemos que já está aberta ao culto há alguns anos, sendo urgente restaurar o telhado, mas que não estará ainda concluída, uma vez que o Visitador ordena que se construa a torre sineira. Recentemente restaurada ainda hoje aí se celebra, a 26 de dezembro, a festa de Nossa Senhora da Luz, altura em que sai à rua uma procissão que percorre as ruas da aldeia.
Capela da Nossa Senhora da Conceição – Trás do Outeiro
De arquitetura religiosa setecentista, esta capela possui nave única e capela-mor pavimentadas a ladrilho e cobertura em 3 planos e abobadada. No interior, à semelhança das outras capelas do roteiro, possui um revestimento azulejar.
Aqui é celebrada a missa em louvor a Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro, seguindo-se uma modesta procissão pela principal rua da aldeia.
Cruzeiro do Carregal
Segundo a tradição popular, em 1911 a região vivia um longo período de seca extrema que comprometia a produção agrícola que então era o principal meio de subsistência do povo. Perante tão grandes dificuldades económicas e alimentares, e sem qualquer outro recurso, as gentes das aldeias do Carregal, Arelho e Trás do Outeiro juntaram-se e, com as bandeiras dos respetivos santos padroeiros, foram em procissão ao Santuário do Senhor Jesus da Pedra, em Óbidos, pedir que chovesse nas suas terras.
De acordo com os informantes logo após o pedido de ajuda divina formou-se uma grande trovoada acompanhada de fortes chuvas que voltaram a dar vida aos campos e alimento ao povo.
Em forma de agradecimento por tão grande milagre concedido, o povo construiu o Cruzeiro do Carregal sendo que a população desta aldeia manteve a tradição anual do Círio ao Senhor da Pedra.
Igreja de Santo André – Arelho
Esta igreja localiza-se no miradouro da aldeia do Arelho, local que beneficia de uma magnífica vista sobre a vila e Lagoa de Óbidos.
A igreja de Santo André pertenceu à paróquia de São João do Mocharro até à reforma administrativa liberal do séc. XIX. Composta por uma só nave e com uma galilé alpendrada na fachada, a igreja possui, por cima do alpendre, a inscrição da imagem de Santo André datada do século XVI.
No interior destaca-se a imagem do orago datada do século XV. Dignas de nota são também algumas imagens do período barroco, Nossa Senhora dos Milagres, Nossa Senhora das Neves, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Conceição, as últimas duas no altar-mor cujo retábulo data dos finais do século XVIII.
As festas em honra de Santo André celebram-se no dia 30 de novembro, dia em que sai à rua uma majestosa procissão com várias bandeiras e andores, entre os quais o do padroeiro. A imagem do Apóstolo Santo André percorre as ruas num imponente andor em forma de bateira, embarcação tradicional da lagoa de Óbidos. Acompanha a procissão uma banda filarmónica que durante a manhã percorre toda a aldeia.
Ermida de Santo Antão – Óbidos
A noroeste da Vila coroando formoso outeiro que frondosas matas envolvem, foi mandada construir, em cumprimento de um voto, por D. Antão Vaz Moniz, fidalgo obidense e um dos combatentes da ala dos namorados em Aljubarrota.
O interior é de uma só nave, coberta de teto de madeira de três planos, decorada com um revestimento de azulejos azuis e brancos do século XVIII, que representam cenas da vida do padroeiro.
Na parte central inclui-se ao centro, entre colunas clássicas, um nicho que abrigava uma escultura em madeira do orago, obra do século XVII e lateralmente duas pinturas sobre madeira alusivas a Santo Antão no deserto. No altar colateral do lado esquerdo, admira-se uma escultura de pedra, quinhentista, figurando S. Sebastião.
O pequeno templo foi restaurado no século XVIII.
Na época da crise dinástica de 1383/1385, o reino de Portugal esteve ocupado pelos castelhanos, tendo sido o Mestre de Avis, futuro D. João I, o líder da revolta lusitana. Com a Batalha de Aljubarrota, as praças portuguesas em poder de Castela começaram a cair. Assim, depois do porto de Atouguia ter sido abandonado pelos castelhanos, os obidenses entregaram-se ao Mestre de Avis, que organizou militarmente o território, com o intuito de defender melhor o reino.
Um dos combatentes da Ala dos Namorados, designação dada, de acordo com o professor Carlos Orlando Rodrigues, “ao lado direito do quadrante, mais exatamente à vanguarda virada para Leiria, que os portugueses formaram como tática de combate na Batalha de Aljubarrota” foi D. Antão Vaz Moniz, fidalgo de Óbidos e cavaleiro a pé. Depois da vitória na referida batalha, D. Antão, em 1386, mandou edificar uma capelinha em honra do santo do mesmo nome. Essa ermida foi construída no cimo de um monte, a norte da vila, de onde se obtém uma vista panorâmica deslumbrante. D. Antão passou aí os últimos anos da sua vida, enquanto asceta, tendo pedido para ser sepultado no interior da capela, sem qualquer tipo de inscrição.
Estes acontecimentos históricos originaram a famosa romaria de Santo Antão, que se realiza nesta freguesia, a 17 de janeiro. A ermida situa-se num local de difícil acesso, mas de grande importância agropecuária, tendo o porco um papel relevante.
Santo Antão é invocado em caso de doença de algum animal ou no caso de se ambicionar uma boa ninhada. Antigamente as promessas cumpriam-se com a oferta de linguiças ao Santo, mas, atualmente, os chouriços são pesados e os crentes oferecem o valor monetário correspondente, reservando os enchidos para a merenda.
Outra das características desta romaria está relacionada com a distribuição pelos devotos de fitas cor-de-rosa e de velas que, depois de benzidas, são colocadas ao pescoço dos animais (as fitas) e guardadas para serem acesas nos estábulos (velas), no caso de a doença visitar os moradores.
A romaria de Santo Antão, nos dias de hoje, continua a ser um alegre e saudável convívio entre pessoas, mantendo-se, por isso, bem vivo o espírito de reencontro anual. Para acompanhar a confraternização, é típico o saboroso chouriço assado e o bom vinho da região.
Esta romaria é uma das mais importantes do concelho, uma vez que atrai, pela fé e pelo delicioso manjar, uma grande quantidade de romeiros.
Estação de Caminho de Ferro – Óbidos
Estação ferroviária construída no séc. XX, composta por edifício de passageiros, instalações sanitárias e cais coberto, com duas plataformas. Localizada a 10 minutos a pé do centro histórico, o “Apeadeiro de Óbidos” é uma interface da Linha do Oeste, que se encontra neste momento desativado. A plataforma e respetivo equipamento deverá ser objeto de requalificação no âmbito do “Projeto de Requalificação da Linha do Oeste”, que une Torres Vedras a Caldas da Rainha.
A estação apresenta particular interesse histórico e cultural, afirmando-se como um elemento marcante da freguesia. Neste momento preserva ainda os oito painéis azulejares alusivos a monumentos e costumes locais, da autoria de José Vitória Pereira, pintados na Fábrica Viúva Lamego.
Aqueduto – Óbidos
Conhecido como aqueduto da Usseira, uma vez que é ali o seu início, veio revolucionar o sistema de abastecimento de água à vila de Óbidos. Mandado edificar pela Rainha D. Catarina de Áustria, esposa de D. João III, em 1573, possivelmente veio a ser finalizado já no reinado de Filipe I.
Com a sua origem numa nascente de Usseira, finaliza no Chafariz Real da Praça de Santa Maria de Óbidos, perfazendo um total de seis quilómetros, três dos quais subterrâneos.
Cruzeiro da Memória – Óbidos
Cruzeiro de arquitetura manuelina, constituído por um alpendre feito posteriormente e por uma cruz trabalhada. O local onde se encontra assinala o local lendário onde as tropas de Dom Afonso Henriques montaram acampamento.
Circuito do complexo desportivo
Pequeno percurso de 1.4 kms, com início/final junto ao Pavilhão Municipal. Desenvolve-se pelo Bairro dos Arcos, acompanhando uma secção do Aqueduto da Usseira, classificado como Imóvel de Interesse Público, seguindo-se passagem pelo Complexo Escolar dos Arcos e Complexo Desportivo Municipal. Visa sobretudo a atividade física/de manutenção, de preferência com várias utilizações sucessivas.
Saiba Mais em : https://turismo.obidos.pt/site/2020/10/06/circuito-do-complexo-desportivo/
Área de Serviço de Autocaravanas
Localizado junto à vila de Óbidos, bem perto do Aqueduto, o Parque de Autocaravanas dispõe de condições para esvaziamento de águas sujas e sanitas químicas, rede WiFi e mangueiras de água potável.
Fora da Freguesia
Cidade Romana de Eburobrittium
Edificada numa pequena colina, a pouco mais de mil metros da atual vila de Óbidos, Eburobrittium foi uma grande metrópole da província romana da Lusitânia.
As dimensões do fórum são de 43,20 m de largura por 64,80 m de comprimento, o que leva a crer que terá sido edificado seguindo a regra dos dois terços, definida por Vitrúvio.
Do fórum da cidade foram encontradas onze estruturas pertencentes à sua zona comercial: as tabernae (lojas ou armazéns). Foram escavados dois conjuntos de sapatas pertencentes a uma basílica, de dois tramos, e a um pórtico, elementos típicos da zona administrativa, à semelhança, do tabularium (arquivo ou cartório público) e do aerarium (tesouro da cidade), possivelmente instalados numa sala compartimentada identificada na mesma área de escavação. No sistema termal foi escavada a zona de água quente, constituída pelo laconicum, sala com piscina circular, com cerca de 3,5m de diâmetro e dois degraus embutidos no solo com 00,30cm de largura, aquecido subterraneamente por uma estrutura de arcos ou pilares hipocaustum, para condução do ar quente produzido no praefurnium (fornalha).